A Prefeitura de Juazeiro entregou o Centro Cultural Daniel Walker - Estação Ferroviária de Juazeiro do Norte, nessa quarta-feira, 8. O projeto de restauro foi uma parceria entre a Prefeitura e o Centro Universitário Unileão. O funcionamento será de segunda a sexta-feira, de 8h às 19h. No ato inaugural, a Prefeitura promoveu uma exposição de carros antigos. Além disso, a partir do próximo dia 16, terá uma exposição de xilogravuras do curador, Chico Bruno.
Para o historiador Roberto Júnior, a inauguração do Centro Cultural Daniel Walker, é um momento de muita felicidade e muito esperado. Ele cita que quem conhece seu trabalho de 10 anos, sabe que enquanto historiador, ele já falava sobre essa problemática da Estação Ferroviária. Comenta que “apesar de as estações serem bens valoradas como patrimônio histórico pelo IPHAN a nível nacional, a maioria das estações está em estado de abandono pelo Brasil afora e Juazeiro está indo na contramão, revitalizando esse patrimônio que tem uma relevância arquitetônica ímpar e que também tem um significado histórico muito grande”, encerra.
O Prefeito Glêdson Bezerra expressa alegria em inaugurar o prédio e comenta que quem passava pela estação ferroviária de Juazeiro e conhecia a história sentia falta de um local tão importante e histórico, inaugurado pelo Padre Cícero, estar em tais condições: abandonado e sucateado.
Ele diz que é “uma sensação muito positiva, de dever cumprido de poder entregar esse prédio que vai mesclar o novo com o antigo, preservando o paisagismo e o máximo possível da sua coloração original, além do piso que se manteve próximo do implantado no ano de fundação do equipamento”.
O Prefeito destaca, ainda, que “o Centro Cultural gerará emprego, renda e será um ponto turístico, além de um ambiente acolhedor, possibilitando o encontro de famílias, o desenvolvimento do sentimento de pertencimento à cidade e o respeito aos nossos próprios, nossa história e a tudo que é determinante para que uma sociedade se desenvolva com o respeito aos equipamentos públicos e à cidade”.
Junú Freire, artista e morador do bairro Franciscanos diz que “você falar de cultura é falar de história, um dos elementos fundamentais pra gente, quando a gente vê por exemplo a minha história, a história da minha família, passa por essa construção da estrada de ferro, meu bisavô, um negro do Triunfo – Pernambuco, veio pra cá na estrada de ferro trabalhar e aqui ficou. Então eu fico emocionado, fico muito feliz com a restauração desse prédio e espero que a Secretaria de Cultura, de Educação e as outras instituições que trabalham com arte e cultura aqui, tragam programações pra cá e esse cuidado e esse carinho para manter.”
Déborah Macêdo, natural de Aurora, mas moradora de Juazeiro há 18 anos, comenta que gostou da inauguração do prédio e que há muito tempo essa estação estava fechada. “A gente mora aqui por trás do SAME [Serviço de Atendimento Médico Especializado], e às vezes a gente tinha até medo de passar aqui por conta da escuridão e agora depois dessa reforma vai ficar muito bom pra gente que mora aqui nos arredores, é um ponto turístico da cidade”.